8 de abril de 2015

CRÍTICA - GUARDIÕES DA GALÁXIA



Guardiões da Galáxia conta a historia de Peter Quill (Chris Pratt), um malandro, cheio de carisma e muito bem humorado, que quando era criança foi raptado por um alienígena e levado da Terra logo após a morte de sua mãe. Esse ser que o levou do planeta tinha o objetivo de mata-lo, mas devido a algumas circunstancias ele acabou se apegando ao garoto e o “adotou” para sua gangue de saqueadores (é assim que eles se auto intitulam). Sem muitas explicações o filme salta alguns anos na vida de Peter, agora adulto e com sua própria nave ele busca por um artefato perdido em um planeta vazio (que aparentemente sofreu uma grande tragédia onde todos os seus habitantes morreram), porém, além de Quill, Ronan – O Acusador (Lee Pace) também desejava ter o objeto em mãos.

A partir desse ponto Peter começa a interagir com os outros protagonistas do filme. Primeiro ele conhece a Gamora (Zoë Saldaña), que inicialmente trabalhava para Ronan e depois acaba se juntando ao Senhor das Estrelas (como Peter gosta de ser chamado), logo após são apresentados o Groot (voz de Vin Diesel), uma arvore humanoide e o Rocket Raccoon (voz de Bradley Cooper), um guaxinim que adora usar armas de fogo, ambos os personagens feitos em computação gráfica e por fim, mas não menos importante, Drax – O Destruidor (Dave Batista), um alienígena que perdeu esposa e filha e agora busca por vingança.

Esse filme, diferente dos anteriores da Marvel, quando foi lançado existia uma grande interrogação se o ia vingar ou não, por que apesar de ser um filme no mesmo universo de Os Vingadores, ele se passa anos-luz de distancia da Terra, ou seja, não há como ter ligação entre esses filmes de forma imediata como foi feito, por exemplo, em Capitão América 2: O Soldado Invernal. Por outro lado essa foi a oportunidade do diretor e também roteirista, James Gunn, de ser criativo, sem precisar sempre fazer alguma ligação com os eventos de Nova York.

Com essa “liberdade”, James e Nicole Perlman (roteirista), construíram um filme espacial de ação e aventura e ainda por cima de comédia também, mas não é nada bagunçado. Os personagens são bem apresentados e suas personalidades bem formadas e claras pra quem assiste, não é preciso muitos diálogos ou cenas grandes para se identificar com cada um, com exceção da Gamora que não se enquadrou ao que o filme propôs. Por que nos quadrinhos ela é uma personagem séria e muito reclusa e isso dá certo, mas o humor da HQ não é como o do filme que independente da tensão dos fatos você nunca se preocupa de verdade devido à sempre acontecer uma cena engraçada que entra e corta esse clima “pesado”, ou seja, enquanto todos os protagonistas te divertem com trocadilhos e diálogos engraçados de acordo com a suas características, por ela ser mais parecida (nesse aspecto) com os quadrinhos, ela se torna uma personagem “secundário” se compará-la com o Groot que só diz: “Eu sou Groot”.


A construção do universo é um show à parte, os cenários são detalhados ao extremo e cheios de vida. São lugares pensados para fazer as cenas fluírem com naturalidade e isso realmente acontece principalmente nas cenas de ação em solo e no espaço (com as naves), que usam e abusam de efeitos de partículas. O roteiro é simples e divertido, é bem desenvolvido e os personagens são construídos de forma simples, mas mesmo assim são muito carismáticos. O vilão é bem clichê, é o cara que busca poder para se vingar do povo do planeta Xandar (“lar” da Tropa Nova) que, quando estava em guerra com o seu planeta, matou muitos de seu povo. Ronan é bem interpretado e consegue transmitir a sua raiva, mas como os protagonistas não perdem tempo de jogar alguma piada, essa ira dele acaba que se torna algo cômico.

São duas horas que passam muito rápido, pois dificilmente você não vai se divertir com o filme. É muito fácil se apegar aos protagonistas e até mesmo os coadjuvantes, o vilão tem um motivo clichê, mas ainda um “bom” motivo para o seus atos. Roteiro leve e descontraído que não se leva a sério (que só quem se lembra do final do filme vai entender) e ao mesmo tempo é coeso e sucinto, não perde o rumo. Uma direção muito boa e com uma trilha sonora espetacular, Guardiões da Galáxia foi um filme arriscado que deu muito certo, foi o recorde de bilheterias no ano de 2014 e o sucesso passou para os quadrinhos, aumentando a venda de seus exemplares. Sem duvidas é uma boa opção para ver com os amigos e família, é certeza de boas risadas.





BÔNUS: BABY GROOT

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